domingo, 5 de janeiro de 2014

O Guarujá nos anos 40 e 50

Conforme comentado em outra postagem, o Guarujá deixou de ser uma pequena vila para ser pensado em um empreendimento. A intenção era atender a elite paulista com um balneário - por suas areias brancas e seu mar de águas límpidas- e também e espaço de lazer para uma parcela da sociedade que buscava por diversão no Casino do Grande Hotel.
Nos anos 40, o Guarujá continua a ser o endereço de férias preferido da elite paulistana, agora também composta pela burguesia industrial que, graças à guerra que impediu as importações, se consolidava como a nova dona do dinheiro na cidade de São Paulo, que crescia em ritmo acelerado.
A inauguração da Rodovia Anchieta, em 1947, facilitou as viagens entre São Paulo e o Guarujá e permitiu o aumento do fluxo de pessoas na cidade.
Este fator acaba também mudando o perfil de ocupação urbana na cidade, que abriu novas perspectivas de desenvolvimento imobiliário, o que de certa forma compensava as perdas decorrentes do fim do jogo nos cassinos.
O Brasil desta época tornava-se cada vez mais americano, copiando seus costumes, a moda e o que se via nos filmes de Hollywood. O “american way of life” tornava-se o ideal dos brasileiros de classe média e a busca pelo consumo, diversão e status.
Atentos a estas tendências, empreendedores estavam antenados nas oportunidades. Um deles foi o Dr. Antonio Roberto Alves Braga, médico e advogado, que procurou o amigo arquiteto Oswaldo Corrêa Gonçalves para lhe auxiliar na construção de um edifício de apartamentos que atendesse a demanda que começava a se manifestar pela aquisição de uma residência de férias à beira-mar.
Era então aprovado o projeto do “Edifício Sobre as Ondas”, aprovado em 1945 pela Prefeitura do Guarujá. Foi escolhido um terreno privilegiado, que antes terreno comportava o pequeno Hotel Orlandi, que fora construído numa formação rochosa entre as praias de Astúrias e Pitangueiras.
Nesta época, a praia de Pitangueiras já possuía o Edifício Pitangueiras, construído no início dos anos 40 e o Edifício Monduba.
A partir dos anos 50 verifica-se um processo de verticalização acelerado no Guarujá.
Começam a surgir os prédios que hoje caracterizam a Praia de Pitangueira, um estilo de praia mais urbana.


A especulação cresceria nas décadas seguintes. Por exemplo, na década de 70, era a terceira cidade do país em investimentos imobiliários.

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