Conforme comentado em
outra postagem, o Guarujá deixou de ser uma pequena vila para ser pensado em um
empreendimento. A intenção era atender a elite paulista com um balneário - por suas areias brancas e seu mar de águas límpidas- e também e espaço de lazer para uma
parcela da sociedade que buscava por diversão no Casino do Grande
Hotel.
Nos anos 40, o Guarujá
continua a ser o endereço de férias preferido da elite paulistana, agora também
composta pela burguesia industrial que, graças à guerra que impediu as
importações, se consolidava como a nova dona do dinheiro na cidade de São
Paulo, que crescia em ritmo acelerado.
A inauguração da Rodovia
Anchieta, em 1947, facilitou as viagens entre São Paulo e o Guarujá e permitiu o aumento do
fluxo de pessoas na cidade.
Este fator acaba também
mudando o perfil de ocupação urbana na cidade, que abriu novas perspectivas de
desenvolvimento imobiliário, o que de certa forma compensava as perdas decorrentes
do fim do jogo nos cassinos.
O Brasil desta época
tornava-se cada vez mais americano, copiando seus costumes, a moda e o que se via
nos filmes de Hollywood. O “american way
of life” tornava-se o ideal dos brasileiros de classe média e a busca pelo consumo, diversão e status.
Atentos a estas tendências,
empreendedores estavam antenados nas oportunidades. Um deles foi o Dr. Antonio
Roberto Alves Braga, médico e advogado, que procurou o amigo arquiteto Oswaldo
Corrêa Gonçalves para lhe auxiliar na construção de um edifício de apartamentos
que atendesse a demanda que começava a se manifestar pela aquisição de uma
residência de férias à beira-mar.
Era então aprovado o projeto do
“Edifício Sobre as Ondas”, aprovado em 1945 pela Prefeitura do Guarujá. Foi
escolhido um terreno privilegiado, que antes terreno comportava o pequeno Hotel Orlandi, que fora construído numa formação rochosa entre as praias de
Astúrias e Pitangueiras.
Nesta época, a praia de Pitangueiras já
possuía o Edifício Pitangueiras,
construído no início dos anos 40 e o Edifício
Monduba.
A partir dos anos 50
verifica-se um processo de verticalização acelerado no Guarujá.
Começam a surgir os
prédios que hoje caracterizam a Praia de Pitangueira, um estilo de praia mais
urbana.
A especulação cresceria
nas décadas seguintes. Por exemplo, na década de 70, era a terceira cidade do
país em investimentos imobiliários.
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