sábado, 11 de janeiro de 2014

O Guarujá dos Anos 60 aos dias atuais

Nos anos 40, o fim dos jogos de azar pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra (já que muitos buscam o Cassino no Grande Hotel) e a construção da via Anchieta (ligando a Baixada Santista a São Paulo, facilitando o acesso), são fatores que modificaram a ocupação da ilha.
A antiga vila balneária se adensa com a chegada de maiores quantidades de turistas e novos moradores. Edifícios começam a surgir na orla de Pitangueiras e depois em Astúrias. As praias até então desertas, como Enseada, Pernambuco e a própria Perequê começam a ser visitadas. Paralelamente, migrantes nordestinos migram para a ilha a procura de emprego, se fixando na região do velho forte de Itapema, dando origem ao distrito de Vicente de Carvalho, que agregou outros bairros e cresceu a partir dos anos 80, com uma ocupação desordenada também nas áreas dos morros.
Nos anos 50 e 60, a antiga vila balneária se adensa e a Praia de Pitangueiras começa a se verticalizar, abrindo espaço para a especulação imobiliária com vários empreendimentos que surgiam para atentar uma parcela da população que ansiava por um local privilegiado para o veraneio.
Entre as décadas de 70 e 80, o Guarujá cresce descontroladamente. Toda a orla da cidade entre a praia do Tombo e Pernambuco é ocupada por diversos loteamentos e edifícios, sem a necessária contrapartida de gestão pública de infraestrutura.
O Milagre Econômico dos anos 70, a construção da Rodovia Piaçaguera-Guarujá, ligando a ilha diretamente a Via Anchieta e em menor grau as novas rodovias Rio-Santos e Mogi-Bertioga (possibilitando o acesso ao Vale do Paraíba e Litoral Norte) provocam a explosão do turismo e da migração para a ilha. A qualidade ambiental acaba caindo, com a poluição das águas, a ocupação de áreas sensíveis como morros e mangues. O número cada vez maior de turistas, moradores e migrantes sobrecarregam o Guarujá.
No início de 1990, quando milhares de turistas visitam a ilha todos os verões, o que traz impacto principalmente na temporada para a infraestrutura, como cortes de eletricidade e de água em períodos de feriados, agrava-se também o problema da criminalidade. Extensas áreas do município são ocupadas por favelas, habitadas por migrantes em busca de novas oportunidades, o que traz o adensamento populacional e aumento da violência.





Este cenário leva a uma crise no turismo e na economia do Guarujá, que perde turistas e investimentos para o Litoral Norte e algumas outras cidades da Baixada Santista.
Felizmente, a partir da segunda metade da década de 90 e início dos anos 2000, há uma recuperação progressiva do balneário, com investimentos em saneamento, habitação, infraestrutura. Até mesmo a divisão do total de turistas com outras regiões trouxe efeitos benéficos, causando menor sobrecarga na cidade. Paulatinamente a cidade começa a receber novos investimentos e começa a desenvolver o turismo de negócios e a prestação de serviços, resgando o seu charme como “Pérola do Atlântico”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário