Nos anos 40, o fim dos jogos de azar pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra
(já que muitos buscam o Cassino no Grande Hotel) e a construção da via Anchieta
(ligando a Baixada Santista a São Paulo, facilitando o acesso), são fatores que
modificaram a ocupação da ilha.
A antiga vila balneária se adensa com a chegada de maiores quantidades
de turistas e novos moradores. Edifícios começam a surgir na orla de
Pitangueiras e depois em Astúrias. As praias até então desertas, como Enseada,
Pernambuco e a própria Perequê começam a ser visitadas. Paralelamente,
migrantes nordestinos migram para a ilha a procura de emprego, se fixando na
região do velho forte de Itapema, dando origem ao distrito de Vicente de
Carvalho, que agregou outros bairros e cresceu a partir dos anos 80, com uma
ocupação desordenada também nas áreas dos morros.
Nos anos 50 e 60, a antiga vila balneária se adensa e a Praia de
Pitangueiras começa a se verticalizar, abrindo espaço para a especulação
imobiliária com vários empreendimentos que surgiam para atentar uma parcela da
população que ansiava por um local privilegiado para o veraneio.
Entre as décadas de 70 e 80, o Guarujá cresce descontroladamente. Toda a
orla da cidade entre a praia do Tombo e Pernambuco é ocupada por diversos
loteamentos e edifícios, sem a necessária contrapartida de gestão pública de
infraestrutura.
O Milagre Econômico dos anos 70, a construção da Rodovia
Piaçaguera-Guarujá, ligando a ilha diretamente a Via Anchieta e em menor grau
as novas rodovias Rio-Santos e Mogi-Bertioga (possibilitando o acesso ao Vale
do Paraíba e Litoral Norte) provocam a explosão do turismo e da migração para a
ilha. A qualidade ambiental acaba caindo, com a poluição das águas, a ocupação
de áreas sensíveis como morros e mangues. O número cada vez maior de turistas,
moradores e migrantes sobrecarregam o Guarujá.
No início de 1990, quando milhares de turistas visitam a ilha todos os
verões, o que traz impacto principalmente na temporada para a infraestrutura,
como cortes de eletricidade e de água em períodos de feriados, agrava-se também
o problema da criminalidade. Extensas áreas do município são ocupadas por
favelas, habitadas por migrantes em busca de novas oportunidades, o que traz o
adensamento populacional e aumento da violência.
Este cenário leva a uma crise no turismo e na economia do Guarujá, que perde turistas e investimentos para o Litoral Norte e algumas outras cidades da Baixada Santista.
Felizmente, a partir da segunda metade da década de 90 e início dos anos
2000, há uma recuperação progressiva do balneário, com investimentos em
saneamento, habitação, infraestrutura. Até mesmo a divisão do total de turistas
com outras regiões trouxe efeitos benéficos, causando menor sobrecarga na
cidade. Paulatinamente a cidade começa a receber novos investimentos e começa a
desenvolver o turismo de negócios e a prestação de serviços, resgando o seu
charme como “Pérola do Atlântico”.
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